Croquis de uma mente [in]sana

06 março 2007

Borrões no croqui


Nesta mente [in]sana sinto que os croquis estão borrando, transformando-se em grandes manchas e perdendo a forma. As vezes temos que tomar decisões difíceis, mas necessárias, não adianta tempo, não adianta ir e vir, não adianta escapar, apenas encará-las de frente.

Destas ficarão apenas as lembranças de um tempo em que acreditávamos estar numa decisão certa, pois ninguém é louco, a não ser um masoquista, de querer traçar e trilhar caminhos tortuosos.

Este tempo não volta, foi e ficou no seu devido lugar e agora é tentar reorganizar estes borrões e ver o que sobra para expô-los na galeria dos sonhos que um dia foram idealizados.

Em um dia de céu azul mesclado por poucas nuvens, podemos perceber que estas brincam entre si, nos atraindo fixamente para entender seu balet, desenhos contam quase que histórias, mas que foram associadas pela nossa mente [in]sana.

Olhar para o horizonte e ver o pôr do sol, escondendo-se timidamente por causa da Lua romântica que começa a tomar conta do céu com as estrelas nos faz entrar em uma sintonia perfeita de quando devemos entrar e sair das histórias criadas por nós mesmos.

É no pôr do sol, que encontramos o equilíbrio perfeito....a linha limite e o entre de estar no dia e noite, da dor e da alegria e de querer e poder, MAS PRINCIPALMENTE DE CHORAR E SORRIR. A lembrança maravilhosa de momentos lindos, mas a tristeza imensa de que não teremos mais.

Mas enfim, é se preparar para o próximo ato e continuar a história, a nossa história...

"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar para atravessar o rio da vida - ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o. " - atribuída a Nietzsche