Croquis de uma mente [in]sana

26 julho 2007

:: [Com]migo ::

Ao te ouvir, fecho meus olhos e imediatamente dá iníco a uma desfragmentação, partes que se soltam e se distanciam, a mente aos pouco esvazia e do nada começa a surgir algo inexplicável.
Talvez um parênteses no ritmo aloprado em que vivemos, tentando ouvir o seu próprio silêncio interno e assim se desapegando daquilo e daqueles que nos rodeiam: eu comigo mesmo.
Projeto em mim experiências únicas e secretas e de máxima cumplicidade, não é estar só e em solidão, mas estar consigo e valorizar si próprio e perceber o quanto é importante sua presença consigo mesmo.
Egoísmo? Não penso mais assim. Mas agora vejo que é uma maneira de entender o próximo, entendendo-me e compreendendo. Permitir-se ouvir a si próprio.

09 julho 2007

:: encontrar-me ::


Engraçado como passamos por altos e baixos. Quando estamos nos baixos, acreditamos que não nos levantaremos mais. Pura ilusão, afinal faz parte da nossa porção dramática exagerar nos sentimentos. Caimos de mergulho em uma tamanha profundeza que olhar para o alto e não ver a luz nos traz a sensação de perdido e de não saber em qual direção seguir.

Sempre olhei para os lados e nunca vi qualquer mínima luz que fosse, olhei para dentro de mim e continuei a ver uma escuridão, só faltava uma coisa para poder entender o porquê de tudo isso, acertar o caminho mesmo que na escuridão, pois diante de uma crença, me levaria ao menos a possibilidade de acreditar em um possível.

E fazendo isso gradativamente a escuridão foi ganhando tonalidades de cinza e fui percebendo que pelas fendas a luz começava invadir o meu eu, e olhando para dentro de mim não mais me reconheci, pois encontrei o verdadeiro eu que a muito tempo já havia se perdido na escuridão. Mas na verdade essa luz sempre existiu e esteve ao meu redor, mas os meus sentimentos a bloqueavam , impedindo de percebê-la e de sentí-la, foi necessário um basta e a determinação de querer prosseguir mesmo que na escuridão.

Sendo assim, cada vez mais percebo que temos muito pouco tempo para viver e aprender tudo aquilo que nos é oferecido, por isso não levarei a vida com mediocridade, muito menos os sentimentos que nela posso desenvolver. Não quero perder tempo com coisas passageiras, mas sim com situações e pessoas que me farão crescer e que com certeza me possibilitarão transformar em um ser diferente do que sou.

Desta forma, cabe a nós diante das nossas vidas que tangenciam a de outras, escolher aquelas que queremos que não sejam apenas um ponto de tangência, mas sim paralelas com um eterno objetivo de se encontrarem em um infinito.

Portanto, obrigado por iluminar o meu eu e o meu ser, pois fizeste da minha realidade não mais uma crença na escuridão.